Aqueles que procuram trabalho ou tentam melhorar a sua carreira terão percebido que falar inglês já não é tão diferenciador como no passado. Dominar o que se tornou a língua mais falada do mundo faz agora parte da maioria dos currículos.
Assim, por exemplo, uma em cada três ofertas de emprego exige uma língua estrangeira e em 92% dos casos essa língua é o inglês, de acordo com um estudo recente da Adecco. Perante esta homogeneização como se pode destacar?
Falar outra língua é um benefício cognitivo e intelectual, mas também económico. Abre oportunidades tanto para responder às preocupações intelectuais quanto para obter benefícios económicos.
Cada vez mais empresas estão a pedir uma segunda língua, embora seja geralmente por motivos específicos, como para uma posição que exige lidar com diferentes mercados. E já que é algo raro, isso acrescenta muito... Também quando se trata de pedir um aumento salarial.
Mas face ao comando absoluto do inglês, que outra língua estudar? A decisão responde, em primeiro lugar, às motivações de quem quer voltar para a sala de aula. Uma língua pode ser estudada pela atração gerada pela cultura de um país específico, pela tradição familiar ou pelo simples prazer de romper fronteiras, falando tantas línguas quanto possível.
A razão mais comum, no entanto, é o desejo de progredir profissionalmente. E quanto mais sobe na hierarquia do trabalho, mais frequente é a necessidade de conhecer outro idioma. Em 55% das ofertas de emprego para posições de gestão, as empresas estão a pedir uma segunda língua.
Escolher que segunda língua estrangeira estudar dependerá, em cada caso, do setor e até mesmo da empresa para a qual cada um quer direcionar os seus passos. O alemão surge como primeira opção, porque ainda é o país mais forte da Europa e porque é muito difícil encontrar alguém que o domina.
A Comissão Europeia já se pronunciou em 2002 com o Objectivos de incentivar a aprendizagem de duas línguas, além da língua materna. O programa multilíngue enfatiza que falar várias línguas "aumenta a empregabilidade dos jovens e é também um factor de competitividade, uma vez que capacidades linguísticas deficientes fazem com que muitas empresas percam contactos".
Estudar um segundo idioma estrangeiro não só acrescenta mais uma linha ao currículo, como também demonstra interesse na aprendizagem contínua e adiciona outras habilidades valiosas. Quanto mais línguas se conhecem, mais o cérebro adquire maior plasticidade e mais capacidade de concentração e memória. Também aprendemos a pensar e tomar decisões mais rapidamente. Todas estas são habilidades que estão ligadas à aprendizagem de uma língua e que as empresas valorizam. É uma vantagem competitiva muito importante.
Outra opção é olhar para as economias emergentes e aprender russo, chinês ou árabe, línguas consideradas minoritárias, mas com cada vez mais força. A estas ainda se pode acrescentar uma alternativa a ter em conta: O Hindi. É interessante por razões demográficas e económicas. A Índia será o país com mais habitantes do mundo e é por isso que esta língua será muito importante no contexto global.
Fonte: Universia Portugal